A autofecundação não é algo incomum, já que existem mais de 70 organismos vivos em nosso planeta capazes de engravidar sem a ajuda de um macho. Esse método de reprodução é chamado de partenogênese. Neste artigo, vamos analisar algumas espécies animais com essa incrível capacidade.
Lagostins marmorizados
Essas criaturas únicas podem se reproduzir sozinhas, já que sua espécie não permite a existência de machos. A autofecundação no lagostim marmorizado ocorre durante a estação fria, quando elas depositam várias dezenas de ovos. Os ovos permanecem nos pleópodes desse artrópode por 4 a 6 semanas. Durante esse período, a fêmea se priva de alimento e permanece em um abrigo, onde aguarda o nascimento de seus filhotes.
lagarto mexicano de cauda de chicote
Esses animais não são programados para produzir machos, portanto, os lagartos-chicote mexicanos se reproduzem por autofecundação. Para iniciar esse processo, as fêmeas precisam de estímulo hormonal. A cópula precisa ser simulada, então um dos anfíbios assume temporariamente o papel de macho. Curiosamente, nem sempre é o mesmo lagarto que desempenha o papel masculino. As fêmeas podem trocar de lugar, assumindo periodicamente tarefas diferentes.
Dragões de Komodo
Esses lagartos enormes são incapazes de formar pares ou socializar. As fêmeas do dragão-de-komodo geralmente se reproduzem com a ajuda dos machos, mas podem recorrer à partenogênese se necessário. Répteis que põem ovos não fertilizados produzem apenas machos. Isso permite que novas colônias se formem em áreas onde os machos do dragão-de-komodo estão ausentes. Esses répteis constroem seus ninhos em arbustos, areia ou cavernas para obter a máxima proteção contra predadores.
Perus
O processo de reprodução dessas aves é bastante traumático. Os machos são grandes e possuem garras afiadas, podendo ferir a fêmea durante o acasalamento. Um peru macho geralmente fertiliza várias fêmeas ao mesmo tempo para aumentar as chances de gerar descendentes. Embora a maioria dos perus se reproduza sexuadamente, 17% das fêmeas são propensas à partenogênese. Os filhotes, nascidos por autofecundação, são clones genéticos da mãe, mas são exclusivamente machos.
Tubarões listrados
A capacidade desses peixes cartilaginosos de realizar partenogênese foi descoberta recentemente. Acredita-se geralmente que a autofecundação seja restrita a organismos mais simples, aos quais os tubarões não pertencem. No entanto, cientistas comprovaram que algumas fêmeas dessa espécie podem pôr ovos sem fertilização natural. Esses ovos dão origem a indivíduos viáveis, dos quais 99% são fêmeas. A concepção imaculada em tubarões-listrados não ocorre constantemente, mas apenas quando, por algum motivo, eles são incapazes de acasalar com machos.
Pítons reticuladas
Recentemente, descobriu-se a capacidade das pítons-reticuladas de se reproduzirem sem a participação do macho. Em 2012, uma cobra chamada Thelma pôs várias dezenas de ovos em um zoológico dos EUA, dos quais apenas seis eclodiram. Surpreendentemente, a fêmea não havia acasalado por vários anos, e a análise genética confirmou que os filhotes possuíam todo o DNA da mãe.








