Jaguarundis, Kodkodas e mais 5 felinos selvagens raros que muita gente desconhece.

Os gatos selvagens são um verdadeiro tesouro da natureza. Entre eles, encontram-se espécies raras e pouco estudadas, cujo estilo de vida e personalidade são praticamente desconhecidos. No entanto, os cientistas conseguiram desvendar alguns fatos interessantes sobre os hábitos desses felinos.

Jaguarundi

Este pequeno felino selvagem é nativo da América Central e do Sul, preferindo habitar florestas secas ou tropicais, pradarias, margens de lagos, pântanos e savanas. Seu comprimento corporal não ultrapassa 80 cm, sua altura nos ombros atinge apenas 35 cm e seu peso pode chegar a 10 kg. Os jaguarundis são semelhantes em aparência aos mustelídeos ou viverrídeos.

Embora seja bastante difícil encontrar este membro reservado da família dos felinos na natureza, os cientistas conseguiram descobrir vários fatos interessantes sobre ele:

  • Leva um estilo de vida diurno, sendo o auge da caça durante o meio-dia quente;
  • Move-se principalmente em terra, mas pode nadar ou subir em árvores;
  • Alimenta-se de pequenos mamíferos, aves, peixes, pequenos répteis e rãs;
  • Leva uma vida solitária, encontrando um parceiro apenas durante a época de reprodução.

O que também é interessante é que o jaguarundi exibe um comportamento único durante a caça, não observado em outros felinos. O animal se ergue sobre as patas traseiras e permanece imóvel nessa posição por longos períodos, perseguindo sua presa e aguardando o momento oportuno para atacar.

Código

O gato-chileno (kodkod, guinya) é um habitante pouco estudado das florestas valdivianas. Ele habita o oeste da Argentina e o sul e centro do Chile. Os moradores locais têm muitas lendas aterrorizantes associadas a esse predador. Segundo uma delas, o kodkod é um vampiro que se alimenta do sangue de criaturas vivas. Essa conclusão sobre o pequeno agressor não foi acidental. Ao examinar as vítimas, duas pequenas feridas semelhantes a mordidas de morcego foram observadas em seus pescoços. Os cientistas, no entanto, elaboraram sua própria explicação para esse fato. Eles acreditam que esse seja o método incomum do kodkod para abater presas maiores que ele.

Em termos de aparência, o gato chileno é o menor dos gatos sul-americanos, assemelhando-se a um gatinho adolescente. Sua altura na cernelha não ultrapassa 22 cm, seu comprimento corporal, incluindo cabeça e cauda, ​​é de meio metro, e seu peso varia de 2 a 3 kg.

Este predador leva uma vida solitária, encontrando um parceiro apenas durante a época de acasalamento. Caça tanto de dia quanto de noite mamíferos, aves, lagartos, rãs e mariposas. Por ser um nadador habilidoso, frequentemente se alimenta dos peixes que captura. É um exímio escalador de árvores, roubando ovos de pássaros de seus ninhos.

O desmatamento, a caça furtiva e a escassez de alimentos devido à atividade humana reduziram significativamente a população deste felino raro. O Kodkod está listado como espécie ameaçada de extinção, com uma população estimada em não mais de 10.000 indivíduos adultos.

gato andino

Uma das espécies de felinos mais raras e menos estudadas, está à beira da extinção. Restam apenas 2.500 indivíduos adultos.

Semelhante em tamanho a um gato doméstico comum, habita os Andes da América do Sul. Quase nada se sabe sobre seu estilo de vida, exceto que caça à noite e muda imediatamente de localização ao ser descoberto por humanos.

Não é coincidência que o montanhês tenha desenvolvido desconfiança em relação aos humanos. Durante muitos anos, os indígenas consideraram matar o animal uma honra. Se um gato se aproximasse de um assentamento, era apedrejado até a morte, e se fosse capturado, era mantido em cativeiro, onde o animal não conseguia sobreviver por mais de um mês, recusando comida e água.

Gato de Temminck

O gato-dourado-asiático tem uma natureza reservada, o que o torna muito difícil de avistar na natureza. Com aparência semelhante à de uma puma, seu comprimento corporal varia de 65 a 105 cm, sua altura na cernelha varia de 39 a 50 cm e seu peso varia de 12 a 15 kg.

Pouco se sabe sobre o estilo de vida desse animal. Eles caçam a qualquer hora do dia, adaptando-se à rotina diária de suas potenciais presas. Ao perseguir uma presa, podem percorrer longas distâncias (4-5 km), mas preferem recuar ao encontrar um humano. Frequentemente atacam de árvores altas, mas não têm força suficiente para uma perseguição prolongada. Alimentam-se principalmente de pequenos roedores, aves, anfíbios e pequenos répteis, e com menos frequência de macacos e animais domésticos. Levam uma vida solitária.

Gato-dos-pampas

Este pequeno animal, que pode atingir até 80 cm de comprimento, com pelagem espessa e pesando até 7 kg, habita as estepes, florestas e regiões montanhosas da América do Sul. Os habitantes locais o chamam de gato-de-palha e têm sentimentos contraditórios em relação a ele, atribuindo-lhe poderes místicos ou matando-o por sua bela pelagem cinza-acastanhada ou amarelo-areia.

Pouco se sabe sobre o estilo de vida do gato-da-grama. Ele caça com mais frequência ao entardecer ou à noite, atacando presas menores e tentando evitar predadores maiores. Ao avistar um humano, ele começa a sibilar e a eriçar os pelos, e se pressentir perigo, ataca sem hesitar, independentemente do tamanho. Alimenta-se de pequenos mamíferos, lagartos e insetos, mas em tempos de fome, pode atacar animais domésticos.

Gato de Sumatra

Batizada em homenagem à ilha de Sumatra, esta espécie do Sudeste Asiático não é muito grande: seu comprimento corporal não ultrapassa meio metro, sua altura na cernelha é de 30 cm e seu peso é de 3 kg.

Caracteriza-se pelo seu caráter contraditório, grande secretismo, olhos grandes e próximos que proporcionam visão máxima e pela presença de membranas interdigitais.

É uma ave noturna, que prefere caçar ao longo das margens dos rios. Em caso de perigo grave, prefere fugir do campo de batalha a atacar.

Alimenta-se principalmente de peixes e rãs, e menos frequentemente de roedores ou pintinhos. Para capturar a presa, mergulha a cabeça na água e espera. Em seguida, arrasta a presa para uma distância segura e a come. Curiosamente, às vezes consome sua comida na água, como um guaxinim.

Caracal

O caracal é um membro único da família dos felinos, semelhante a um lince devido às suas grandes orelhas pretas com pontas tufadas. Daí o seu nome, que soa como "kara-kulak" em turco, significando "orelha preta".

Habita a Ásia Central e a África, bem como a Península Arábica. Vive em estepes e savanas, onde sua pelagem de cor areia brilhante facilita a camuflagem.

Embora considerado um predador perigoso, o caracal foi domesticado pela primeira vez na antiga Babilônia e usado na caça. O caracal é um excelente predador, atingindo um comprimento corporal de 120 cm e pesando 20 kg. É capaz de atacar presas maiores, como antílopes ou pequenos animais de criação.

É interessante notar também que esse animal começou a ser domesticado ativamente no século XX. Ele se destaca pela devoção ao dono, semelhante à de um cão, e pela lealdade demonstrada em relação às pessoas.

A maioria dos felinos selvagens está à beira da extinção devido à atividade humana e ao desmatamento descontrolado. A caça furtiva também representa uma ameaça para a população. Muitas espécies já estão listadas no Livro Vermelho e são protegidas como tesouros nacionais.

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