"A vida não é a mesma sem um gato", diz o ditado popular. Os amantes de gatos não estão presentes apenas nas redes sociais, mas também entre artistas, políticos e escritores.
Ernest Hemingway
Hemingway nem sempre foi conhecido por gostar de gatos. Mas um dia, seu amigo Stanley Dexter deu ao escritor um gatinho. A criaturinha fofa foi batizada de Bola de Neve. Ele tinha uma característica curiosa: seis dedos nas patas dianteiras em vez dos cinco usuais. Isso era uma anomalia genética, mas Hemingway interpretou como um sinal de sorte. Os marinheiros com quem ele convivia frequentemente acreditavam que gatos com seis dedos traziam boa sorte.
Gradualmente, cerca de duzentos gatos passaram a viver nas casas do escritor na Flórida e em Cuba. Todos os animais receberam excelentes cuidados e nomes incomuns. Hemingway batizou seus bichinhos de estimação com nomes de estrelas de Hollywood e outros escritores. Assim, os convidados do escritor podiam ver a bela Audrey Hepburn caçando ratos e o gato malhado Gary Truman cochilando no parapeito da janela. Descendentes desses gatos ainda vivem na vila de Hemingway.
Freddie Mercury
Freddie Mercury, um ídolo da música, tinha sua própria obsessão: seus gatos. Os primeiros animais de estimação do vocalista do Queen se chamavam Tom e Jerry, em homenagem aos famosos personagens de desenho animado. Seu amor por sua família felina só cresceu com o tempo. Esse amor floresceu de verdade quando Freddie adotou Tiffany e Oscar. Em turnê, o músico sentia muita falta deles, e quando ligava para casa, os gatos também atendiam o telefone. Mercury levava brinquedos para seus animais de estimação durante as turnês e passava cada momento livre interagindo com eles.
Quando Tiffany foi diagnosticada com câncer e teve a eutanásia agendada, seu dono, muito carinhoso, interrompeu sua turnê para voltar para casa e se despedir de sua filhinha. Sua gata, Delilah, também apoiou o músico em seus momentos finais.
Karl Lagerfeld
O estilista tinha um amor profundo por sua única gata, um amor muito intenso. Karl Lagerfeld chamava sua gata Choupette de centro do seu mundo. Ela tinha todos os privilégios de uma dama rica: talheres de prata, criadas pessoais que a ajudavam com a higiene, cuidavam de sua pelagem e olhos brancos como a neve e a entretinham.
Muitos ainda se surpreendem com o fato de Karl Lagerfeld ter deixado 3 milhões de euros para sua gata. No entanto, Choupette tem, de fato, direito ao dinheiro — ela inspirou a nova coleção de bolsas e chaveiros em preto e branco do estilista. A gata tinha um temperamento caprichoso e não se dava bem com outros animais ou crianças.
Vivien Leigh
Vivien Leigh tinha um carinho especial por animais de estimação desde a infância. Quando era pequena, foi-lhe permitido levar uma gata para a cama. Tissie tornou-se a gata favorita da atriz; ela chegou à casa da estrela de cinema na década de 1930.
Mais tarde, o marido de Vivien lhe deu um gato siamês chamado New Boy. Ele acompanhava a estrela por toda parte. O animal usava uma coleira com sinos banhados a ouro. O gato adorava posar para a imprensa, imitando sua famosa dona. O destino do menino foi trágico: ele foi atropelado e morreu.
Todos os gatos subsequentes de Vivien Leigh também eram siameses. Eles herdaram a coleira de New Boy. No momento de sua morte, sua dona estava acompanhada de seu último animal de estimação, Poo Jones.
José Brodsky
A frase de Brodsky, "Gostaria que eu acordasse o gato para você?", servia como um sinal do carinho especial do poeta por um convidado. Ele dedicava poemas aos seus gatos, dos quais teve muitos ao longo da vida. Assim como a poesia de Joseph Brodsky, os animais tinham nomes incomuns: "O Gato de Botas Brancas", "Grande Vermelho", "Glitch" e "Mississippi". Este último sobreviveu ao seu dono. Brodsky chegou a dedicar poemas aos animais de estimação de seus amigos.
O poema sobre um gato ruivo sem-teto alude ao próprio destino de Joseph Alexandrovich, que também foi perseguido em vida. Ele admitiu repetidamente em suas obras que gostaria de ser um gato em sua próxima vida.
Mark Twain
Mark Twain preferia gatos a pessoas. Ele acreditava que uma casa precisava ter um gato; caso contrário, não era um lar, mas um abrigo temporário. Mesmo viajando, Twain não conseguia passar um dia sem animais. Certa vez, durante férias em Dublin, pediu aos moradores locais que lhe alugassem um gato.
Em diferentes épocas, Mark Twain chegou a ter 19 gatos ao mesmo tempo. Sendo um homem extraordinário, o escritor dava apelidos incomuns aos seus animais de estimação: Belzebu, Apolinário, Satanás, Pecado, Buffalo Bill, Zoroastro, Palestina e Tagarela. Ele chegou a ter gatos chamados Geleia Azeda e Sal Sabão.
Pablo Picasso
Picasso retratou gatos em suas pinturas. Uma série inteira de obras é dedicada a mulheres brincando com esses animais. Os gatos enfatizam o subtexto sexual das pinturas. No entanto, muitos amantes de gatos se indignam com a maneira como o artista retrata esses graciosos animais.
A paixão de Picasso não era por gatos de raça mimados, mas por simples gatos de rua. O gênio adorava observá-los caçar pássaros e roedores e correr livremente. Ele celebrava sua natureza selvagem e amorosa.
Winston Churchill
Os gatos de Churchill eram bem-vindos em eventos onde até mesmo alguns políticos britânicos tinham acesso limitado. Nelson, o gato, participou de diversas reuniões do Conselho de Guerra durante a Segunda Guerra Mundial.
Quando Churchill se encontrou com o presidente americano a bordo de um navio de guerra em 1941, um gato preto aconchegou-se a ele. Um fotógrafo capturou o momento. O gato foi posteriormente renomeado de "Preto" para "Churchill". Mesmo quando o navio foi atingido em uma batalha contra os japoneses, o gato foi o primeiro a ser resgatado.
O político inglês tinha um carinho especial por Jock, o ruivo. Churchill nem sequer se sentava para jantar sem ele.











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