Como sabemos, o cão é o melhor amigo do homem. E magoar um amigo não é nada educado. Compreender a psicologia canina e ter o desejo de entender as razões por trás do comportamento do seu animal de estimação ajudará você a evitar erros ao interagir com seu amigo de quatro patas.
Não brinque, não ande, deixe em paz
Uma das necessidades básicas de um cachorro é a interação humana, seja brincando, passeando ou assistindo TV juntos. A falta de atenção do dono pode ser estressante para o animal de estimação. O sofrimento de um cachorro pode se manifestar de diversas formas:
- demonstrações de ressentimento (recusa em comunicar, por vezes comida);
- Mau comportamento (geralmente danificar objetos da casa) - é assim que o animal se entretém quando está sozinho e demonstra ao dono que precisa de atenção;
- depressão (casos avançados).
As dicas a seguir ajudarão a evitar o desenvolvimento de tais eventos:
- É importante estabelecer uma rotina diária clara tanto para o cão quanto para o tutor. Isso ajudará o animal a saber quando seu dono sai e retorna, tornando mais fácil a espera.
- Quando os donos estiverem ausentes, o cachorro deve ter o que fazer sozinho e acesso a brinquedos. Estes devem ser escolhidos de acordo com os interesses do animal. Através de brincadeiras cooperativas, o pet deve ser treinado para brincar com eles.
- Enquanto estiver em casa, é importante reservar um tempo para interagir com seu cachorro. Isso pode incluir brincadeiras ativas, treinamento, passeios e atividades que sejam adequadas para animais de estimação.
Enfiar o nariz numa poça
Fazer xixi e cocô em casa é um motivo legítimo de insatisfação com um cachorro. No entanto, apontar as "más ações" do cão é um dos maiores erros que os donos cometem. Tal procedimento pode gerar não apenas ressentimento no cachorro, mas também um medo genuíno do dono.
Primeiramente, é importante compreender os motivos por trás desse comportamento. Os mais comuns incluem:
- Filhotes jovens. As características fisiológicas dos filhotes os impedem de reter grandes volumes de urina, e o número de passeios que fazem ao ar livre é insuficiente para esvaziar suas bexigas em tempo hábil.
- Doença. Os cães também adoecem, e a micção frequente é um sinal de problemas de saúde.
- Alegria. A micção involuntária pode ocorrer em momentos de intensa alegria, como ao conhecer o dono.
- Promiscuidade banal. Esse comportamento é resultado de uma educação inadequada, e o dono deve, antes de mais nada, se questionar sobre o que acontece.
Donos de cães experientes identificam diversas causas desse tipo. Uma vez identificadas, basta eliminar os fatores negativos e aguardar os resultados.
Mudando as regras na hora
Os cães, assim como as crianças, prosperam dentro de limites definidos, com regras claras e compreensíveis. Dessa forma, eles sabem o que não devem fazer para evitar julgamentos dos mais velhos e se sentem mais confiantes e calmos. Se as regras não forem definidas ou aplicadas, a vida do cão se torna confusa e estressante. Ao estabelecer regras, lembre-se:
- O cachorro não entende exceções às regras, portanto: se não é permitido subir no sofá depois de um passeio por poças de água suja, também não é permitido depois do banho;
- Uma simples palavra "não" não basta; é preciso oferecer um comportamento alternativo e recompensá-lo com um petisco e elogios;
- Ao explicar as regras de conduta e apoiar o desejo do animal de estimação de segui-las, o dono fortalece a relação de confiança com seu cão.
Castigo por sorrir
Um cão que mostra os dentes para o dono ou membros da família é motivo de grande preocupação. No mundo animal, isso é uma demonstração de agressão ou medo. Compreender a causa subjacente dessas emoções é uma tarefa que deve ser abordada imediatamente. Analisar a situação ajudará a corrigir as relações dentro da "matilha" e a influenciar o comportamento futuro do cão.
- Violação de normas. O cão foi incentivado a apresentar esse comportamento durante a brincadeira.
- Estilo agressivo de adestramento canino, com violência e punição frequentes.
- Agressão defensiva. Mostrar os dentes expressa o medo que o cão sente do dono ou do seu comportamento. O dono pode, sem querer, assustar o animal com gestos excessivamente agressivos ou aparições repentinas. O animal então "grita", exibindo os dentes.
Punir um cão por mostrar os dentes não é recomendável. Isso pode aumentar ainda mais o medo do animal e destruir qualquer resquício de confiança. Após analisar as causas desse comportamento, é aconselhável consultar um adestrador profissional. A modificação comportamental é possível em qualquer circunstância, mas requer tempo, esforço e paciência.
Afastar-se do "grupo"
Punir um cão separando-o da "matilha" e expulsando-o do território é absolutamente inaceitável. Esse comportamento hostil mina a confiança e o entendimento mútuo, e restaurá-los completamente será difícil. As graves consequências decorrem dos seguintes motivos:
- O cão é um animal de matilha, pronto para suportar muitas dificuldades e até mesmo o auto-sacrifício pelo bem da matilha e de seu líder (esses são os instintos básicos inerentes à natureza);
- No mundo canino, a expulsão da matilha está associada a uma rivalidade e competição acirradas, que não deveriam existir na família humana entre pessoas e animais.
Mesmo uma expulsão temporária do território será percebida pelo cão como uma afronta grave e incompreensível.
Os cães são extremamente inteligentes. Existem muitas maneiras de ensiná-los que estão errados. Utilizando métodos de treinamento não agressivos e respeitosos, um dono amoroso conquistará a confiança total do seu animal de estimação e um desejo sincero de corresponder às expectativas do seu amigo de duas patas.



